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Portugal empata em 0-0 com a Macedônia em amistoso

Com uma exibição apagada e sem chama, em que nenhum dos seus jogadores conseguiu elevar-se acima da mediania, a Selecção Nacional de futebol não foi, este sábado, além de um empate, sem golos, no jogo de carácter particular realizado em Leiria, frente à modesta Macedónia. Protagonista, esta tarde, de um futebol pobre e sem velocidade, resta agora à “equipa das quinas” o último jogo de preparação, frente à mais categorizada Turquia, para que os portugueses possam, pelo menos, continuar a acreditar.

Frente a um adversário teoricamente acessível (ou, pelo menos, mais acessível do que aqueles que terá pela frente na fase de grupos do Euro2012), importa começar por dizer que a Selecção Nacional, com o guarda-redes Beto, o defesa Rolando, o médio Ruben Micael e os avançados Ricardo Quaresma e Hélder Postiga como novidades, entrou bem na partida, assumindo as despesas atacantes e procurando colocar velocidade no seu jogo. Mas a verdade é que, face às inesperadas (?) dificuldades, não demorou muito para que o ímpeto inicial começasse a perder fulgor.
Frente a um adversário que surgiu em Coimbra com a lição bem estudada – defender, acima de tudo e antes de mais… - , não demorou muito para que Portugal começasse a baixar o ritmo e a demonstrar dificuldades em ultrapassar uma bem estrutura defesa macedónia, composta por cinco, seis elementos. Isto ao mesmo tempo que caía invariavelmente no erro de canalizar a maior parte do seu jogo pelo centro do terreno, onde a oposição contrária se mostrava ainda mais cerrada!
Sem grandes imaginação ou velocidade, incapaz de fazer funcionar as alas, à passagem da meia-hora já a “equipa das quinas” só conseguia criar algum perigo através de lances de bola parada, na marcação de livres directos, marcados por Miguel Veloso e Cristiano Ronaldo, mas que, invariavelmente, ou não acertavam na baliza macedónia, ou terminavam nas mãos do guarda-redes Nuredinoski. Competentemente apoiado por uma muralha defensiva que os portugueses teimavam em tentar perfurar, ao invés de contornar.
Com o guarda-redes Beto dedicado a pouco mais do que aproveitar o dia de sol no Estádio Magalhães Pessoa, até porque os macedónios pouco perigo souberam criar, foi com algum sentimento de frustração entre os adeptos portugueses que o intervalo acabaria por surgir. Deixando, ainda assim, a secreta esperança de que Portugal conseguiria resolver a partida nos segundos 45 minutos.
E, tal como já acontecera no primeiro tempo, também nos segundos 45 minutos, já com Raul Meireles em campo (por troca com João Moutinho), a “equipa das quinas” voltou a entrar melhor no jogo, procurando imprimir velocidade ao seu futebol, como forma de desestabilizar os macedónios. Que, aos 48 minutos, experimentavam o primeiro momento de aflição, na marcação de um livre por Miguel Veloso… mas a que, mais uma vez, os jogadores portugueses não conseguiriam dar o melhor seguimento.
No entanto, aos 54 minutos, com Portugal bastante subido no terreno, o recém-entrado Ibrahimi, com um remate a rasar a baliza de Beto, avisava que a Macedónia não desdenharia deixar o território nacional com um triunfo no bolso, obrigando Portugal a maiores atenções lá atrás, até porque o adversário parecia, então, mais afoito.
Entretanto, aos 63 minutos, o seleccionador nacional Paulo Bento voltava a mexer na equipa, desta feita, para fazer entrar Hugo Almeida e Nani, por troca com os “apagados” Hélder Postiga e Ruben Micael, sendo que, nove minutos depois, era a vez de Varela e Hugo Viana entrarem na partida, para assumirem os lugares até aí desempenhados por Cristiano Ronaldo e Miguel Veloso.
Contudo, apesar da velocidade trazida às alas, em particular, por Nani e Varela, a verdade é que Portugal continuou sem conseguir ultrapassar a espessa muralha defensiva macedónia, fazendo aumentar os assobios que então já se faziam ouvir nas bancadas, onde os adeptos portugueses mostravam desagrado pela incapacidade atacante da equipa das quinas. Isto mesmo depois de Paulo Bento jogar o “tudo por tudo”, fazendo entrar o avançado Nelson Oliveira, por troca com o defesa João Pereira, passando a “equipa das quinas” a jogar com apenas três defesas – Rolando, Bruno Alves e Fábio Coentrão.
No entanto, mais do que os elementos em campo (destaque, ainda assim, para o remate de Nelson Oliveira, já em período de descontos, naquele que foi um dos poucos lances em que Portugal mostrou ter um ponta-de-lança…), era a clara falta de motivação, a pouca velocidade e a ainda menos imaginação que toldavam as ideias da Selecção Nacional, dona de uma exibição demasiado fraca e sem chama frente a um adversário que, inquestionavelmente, está a quilómetros de distância daqueles com que Portugal vai ter de medir forças na Polónia e na Ucrânia. Resta esperar que, frente à Turquia, dia 2 de Junho, seja uma “equipa das quinas” bem diferente aquela que subir ao relvado do Estádio da Luz, para o último jogo de preparação antes da partida para o Euro2012. Cerca de 25 mil torcedores estavam no estádio municipal Magalhães Pessoa, que não era utilizado desde que o clube local resolveu mandar seus jogos em Marinha Grande.
Portugal está no grupo B da Eurocopa, ao lado de Holanda, Dinamarca e Alemanha. Os portugueses estreiam no dia 9, contra os alemães, no estádio Ukraina, em Lviv.


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