O Bayern apurou-se para a final da Liga dos Campeões, depois de vencer nos penalties o Real Madrid, no Bernabéu (2-1, 1-3 gp). Os bávaros mereceram a sorte no desempate, pela soma das duas mãos, e pela frente terão o Chelsea, no seu Arena, em Munique.
Grande primeira parte no Santiago Barnabéu! O Real Madrid chegou rapidamente ao 2-0, mas o Bayern nunca se deu por vencido e chegou ter mesmo mais oportunidades de golo do que os «merengues», que pareceram algo desconcentrados e cansados depois da épica vitória no Camp Nou. A desvantagem ao intervalo até parecia injusta para os bávaros, face ao volume ofensivo da equipa e dos cortes no último instante a que foram obrigados Khedira, Pepe e Xabi Alonso em alguns momentos do encontro.
A equipa de José Mourinho teve um início de luxo. Que mais poderia pedir o treinador português do que um penalty logo aos cinco minutos? Di María decidiu rematar de primeira um lançamento longo da esquerda e Alaba, em queda, impediu que a bola chegasse à baliza de Neuer. O húngaro Viktor Kassai assinalou a falta e, ainda a frio, Cristiano Ronaldo enganou o guarda-redes rival na transformação do castigo.
Os alemães reagiram. Pegaram na bola e tentaram atacar a baliza de Casillas. Logo aos oito minutos, Robben teve um daqueles falhanços que ficam sempre bem em colectâneas de azelhice. Grande jogada de Alaba pela esquerda, com o cruzamento a apanhar a defesa «merengue» fora de posição e o holandês a atirar por cima, assustado pelo voo do guarda-redes espanhol. A escalada germânica até à baliza contrária continuou e, quatro minutos depois, foi Gómez a atirar de longe para Casillas defender para a frente e Khedira tirar a bola da frente de Ribéry.
O 2-0 longe de ser ponto final
O jogo estava tão elétrico que, quando chegou o 2-0, nem se podia dizer que era contra a corrente. Era apenas a vez do Real atacar. Aos 15 minutos, numa jogada de insistência dos «merengues», Özil a desmarcar o internacional português, que faz a bola entrar junto ao poste direito de Neuer. Parecia que a eliminatória estava bem encaminhada para os espanhóis, mas a verdade é que os alemães já tinham dado indicações que olhavam olhos nos olhos o rival. Depois de algumas oportunidades, o Bayern reduziu. Pepe agarrou Gómez quando este se preparava para cabecear para a baliza e Kassai não perdoou. O penalty foi para Robben, que concretizou.
O primeiro tempo prosseguiu a um ritmo alucinante. O Real voltou a ter alguma iniciativa atacante e ameaçou em alguns livres, mas coube a Robben a última oportunidade antes do descanso. Um livre direto, na meia lua, acabou num desvio de Casillas junto ao poste direito.
Real abdica do ritmo frenético
No segundo tempo, tudo mudou. O Real Madrid recusou-se a entrar no mesmo ritmo diabólico, preferindo gerir os ataques, e os bávaros também chegaram menos vezes à baliza de Casillas. Com o passar do tempo e o aproximar dos prolongamento as duas equipas tornaram-se mais sóbrias e com menor atracção pelo risco.
Mesmo assim, os bávaros tiveram um pouco mais iniciativa. Um ou dois cabeceamentos de Gómez, mas sobretudo aquele desperdício, a três minutos dos 90, em que demorou tanto tempo para finalizar e permitiu que o «bombeiro» Sergio Ramos e a Khedira juntassem dois carrinhos num e evitassem o remate decisivo.
Chegou o inevitável prolongamento e as oportunidades ainda se tornaram mais escassas. E daí para os penalties foi um instante. Aí, a sorte sorriu ao Bayern e a Neuer, que defendeu os penalties de Ronaldo e Kaká, e viu Sergio Ramos atirar para a bancada. Casillas ainda negou os tiros de Kroos e Lahm, mas foi a frieza de Schweinsteiger a sentenciar a meia-final.
REAL MADRID - Casillas; Arbeloa, Pepe, Sergio Ramos e Marcelo; Khedira e Xabi Alonso; Di María (Kaká, 75), Özil (Granero, 11) e Cristiano Ronaldo; Benzema (Higuain, 105)
BAYERN - Neuer; Lahm, Boateng, Badstuber e Alaba; Schweinsteiger, Luiz Gustavo e Kroos; Robben, Gómez e Ribéry (Müller, 95)
Grande primeira parte no Santiago Barnabéu! O Real Madrid chegou rapidamente ao 2-0, mas o Bayern nunca se deu por vencido e chegou ter mesmo mais oportunidades de golo do que os «merengues», que pareceram algo desconcentrados e cansados depois da épica vitória no Camp Nou. A desvantagem ao intervalo até parecia injusta para os bávaros, face ao volume ofensivo da equipa e dos cortes no último instante a que foram obrigados Khedira, Pepe e Xabi Alonso em alguns momentos do encontro.
A equipa de José Mourinho teve um início de luxo. Que mais poderia pedir o treinador português do que um penalty logo aos cinco minutos? Di María decidiu rematar de primeira um lançamento longo da esquerda e Alaba, em queda, impediu que a bola chegasse à baliza de Neuer. O húngaro Viktor Kassai assinalou a falta e, ainda a frio, Cristiano Ronaldo enganou o guarda-redes rival na transformação do castigo.
Os alemães reagiram. Pegaram na bola e tentaram atacar a baliza de Casillas. Logo aos oito minutos, Robben teve um daqueles falhanços que ficam sempre bem em colectâneas de azelhice. Grande jogada de Alaba pela esquerda, com o cruzamento a apanhar a defesa «merengue» fora de posição e o holandês a atirar por cima, assustado pelo voo do guarda-redes espanhol. A escalada germânica até à baliza contrária continuou e, quatro minutos depois, foi Gómez a atirar de longe para Casillas defender para a frente e Khedira tirar a bola da frente de Ribéry.
O 2-0 longe de ser ponto final
O jogo estava tão elétrico que, quando chegou o 2-0, nem se podia dizer que era contra a corrente. Era apenas a vez do Real atacar. Aos 15 minutos, numa jogada de insistência dos «merengues», Özil a desmarcar o internacional português, que faz a bola entrar junto ao poste direito de Neuer. Parecia que a eliminatória estava bem encaminhada para os espanhóis, mas a verdade é que os alemães já tinham dado indicações que olhavam olhos nos olhos o rival. Depois de algumas oportunidades, o Bayern reduziu. Pepe agarrou Gómez quando este se preparava para cabecear para a baliza e Kassai não perdoou. O penalty foi para Robben, que concretizou.
O primeiro tempo prosseguiu a um ritmo alucinante. O Real voltou a ter alguma iniciativa atacante e ameaçou em alguns livres, mas coube a Robben a última oportunidade antes do descanso. Um livre direto, na meia lua, acabou num desvio de Casillas junto ao poste direito.
Real abdica do ritmo frenético
No segundo tempo, tudo mudou. O Real Madrid recusou-se a entrar no mesmo ritmo diabólico, preferindo gerir os ataques, e os bávaros também chegaram menos vezes à baliza de Casillas. Com o passar do tempo e o aproximar dos prolongamento as duas equipas tornaram-se mais sóbrias e com menor atracção pelo risco.
Mesmo assim, os bávaros tiveram um pouco mais iniciativa. Um ou dois cabeceamentos de Gómez, mas sobretudo aquele desperdício, a três minutos dos 90, em que demorou tanto tempo para finalizar e permitiu que o «bombeiro» Sergio Ramos e a Khedira juntassem dois carrinhos num e evitassem o remate decisivo.
Chegou o inevitável prolongamento e as oportunidades ainda se tornaram mais escassas. E daí para os penalties foi um instante. Aí, a sorte sorriu ao Bayern e a Neuer, que defendeu os penalties de Ronaldo e Kaká, e viu Sergio Ramos atirar para a bancada. Casillas ainda negou os tiros de Kroos e Lahm, mas foi a frieza de Schweinsteiger a sentenciar a meia-final.
REAL MADRID - Casillas; Arbeloa, Pepe, Sergio Ramos e Marcelo; Khedira e Xabi Alonso; Di María (Kaká, 75), Özil (Granero, 11) e Cristiano Ronaldo; Benzema (Higuain, 105)
BAYERN - Neuer; Lahm, Boateng, Badstuber e Alaba; Schweinsteiger, Luiz Gustavo e Kroos; Robben, Gómez e Ribéry (Müller, 95)