A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) quer proteger Cristiano Ronaldo de incidentes como os que aconteceram em Zenica, e deve contar com o apoio da UEFA, soube o CM. A estrela da selecção nacional foi visada pelos adeptos bósnios, tanto no treino de adaptação ao relvado do Estádio Bilino Polje, na quinta-feira, como durante a partida, no dia seguinte, situação que levou CR7 a insurgir-se."Se o raio laser for apontado a grande distância, apenas pontualmente, não há perigo para os olhos. É mais uma questão psicológica", explicou ao CM o especialista em oftalmologia Justino Fadiá. O CM sabe que, assim que se tornou perceptível que Ronaldo estava a ser visado por lasers vindos da bancada, o director desportivo da FPF, Carlos Godinho, queixou-se ao 4º árbitro, o inglês Brobert Lee. Este mostrou-lhe que já tinha anotado o incidente no bloco e que o irá reportar no relatório para a UEFA.
A FPF espera agora que a Bósnia seja multada pela disciplina da UEFA. Ultrapassado este episódio, Ronaldo revelou satisfação moderada perante o empate alcançado em Zenica. O CM sabe que a Bósnia era tida como um obstáculo difícil, não só pela qualidade individual dos seus jogadores mas também pelas péssimas condições do relvado, que Ronaldo apelidou mesmo de "horta".
Apesar da grande competitividade e de alguma dureza a mais dos bósnios (Ronaldo levou várias pancadas), nenhum jogador da Selecção ficou com mazelas que impeçam a participação na decisiva partida de acesso ao Europeu de 2012 (Polónia e Ucrânia).
SONO EM ORDEM NO REGRESSO
O fecho do espaço aéreo da Bósnia obrigou a Selecção a pernoitar em Zenica e a viajar apenas ontem (09h30) para Lisboa. A distância entre a cidade onde se realizou o jogo e o Aeroporto de Sarajevo, cerca de 70 km, fez com que os jogadores se levantassem mais cedo, 06h 30 locais, menos uma em Portugal, pois o trajecto foi percorrido em hora e meia. No voo de três horas, a maioria dos craques, cobertos com mantas, aproveitou o tempo para dormir.
